Com o desiderato de melhorar a prestação de serviços ao público e ao sector privado, iniciou em Moçambique no ano de 2006, o processo de reforma no sector público que pressupõe alterações de longo prazo (estruturais), bem como reformas de impacto imediato. Omar (2006), sustenta que todo o processo de reforma do sector público, que se desenvolve em vários cantos do globo e também em Moçambique, para além de exigir as competências profissionais e gestionárias para o bom desempenho, exige sobretudo uma mudança de mentalidade e de atitude.
Ferrarezi e Zimbrão (2005) concordam com a afirmação do autor supracitado quando consideram que a reforma do sector público a torna cada vez mais complexo, exigindo, por isso, modificações na formação do administrador público, já que este não está preparado para enfrentar as constantes mudanças e novos desafios que se impõem. Assim, a formação Superior em Administração Pública e Autarquica surge actualmente como um instrumento metodológico indispensável à garantia da conformidade de interpretações dos fenómenos administrativos, bem como à fiabilidade dos respectivos conteúdos, desempenhando uma função imprescindível na globalização dos mecanismos e sistemas de actuação da Administração Pública Moçambicano.
Neste contexto, o ISCET pretende com a criação do Curso de Administração Pública, atender a uma crescente demanda, quer no sector público, bem como no sector privado, Organizações NãoGovernamental e de gestores públicos, dotados de base científico – cultural e ética sólida, e preparados para identificar o meio em que vão actuar e nele interagir com eficiência, responsabilidade e sustentabilidade. A revisão, tem como suporte legal a Lei 1/2023 de 17 de Marco, lei do Ensino Superior e Técnico profissional que instrui todo processo de mudança e ajustamento do Ensino Superior em Moçambique, em relação à região e ao mundo em geral e bem como adequar ao Decreto 32/2010, de 30 de Agosto que aprova o Sistema Nacional de Acumulação e Transferência de Créditos Académicos (SNATCA).